29/02/2016

A enxadrista


À enxadrista Ayred Antara



Entardecer, casas escuras
Ao longe, vestígios de luz
No perfil da bela enxadrista
ciência e arte, estratégia e tática
Jogos de habilidade
No esporte, treinamento
Rei e rainha
no tabuleiro da paciência
Raciocínio lógico
No coração, a música marca o ritmo
Ela fita o oponente
com olhos negros, enigmáticos
Motivação, objetivos
na articuladora dedicada
criativa e confiante
O adversário é sagaz
calculista, seguro como o rei
O tempo... um opressor
Torres, peões, cavalos e bispos
brancos e pretos
tabuleiro de casas claras e escuras
distração do coração de Caíssa
a musa grega do xadrez






Extensão de leitura: 

Fernando Pessoa - Odes de Ricardo Reis 
Filme: Fim de Jogo: Kasparov e a Máquina



6 comentários :

  1. Que lindo! Mágico! Obrigada por me tornar musa dessa maravilhosa obra de arte!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito grata, musa inspiradora e enxadrista, Ayred Antara. A sua postura, o seu olhar e a concentração diante do tabuleiro de xadrez são enigmáticos, indecifráveis. É preciso mesmo eternizar tudo isso num poema que dê asas à imaginação. ;) Beijos!

      Excluir
  2. Bonito poema, me lembra o de Jorge Luis Borges.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. José Carlos, que maravilha o seu comentário! Eu estou muito agradecida. Fui conhecer o poema de Jorge Luis Borges e fiquei encantada, vou dar um jeito de fazer um link para uma página que tenha ele postado.

      Venha sempre nos visitar.

      Abraços! Sonia Salim

      Excluir
  3. Que lindo! Adorei...
    Parabéns, Sonia e Ayred! ☺

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, Marli, a sua visita nos honra muito. Sempre bem-vinda! Beijos! Sonia Salim

      Excluir

Faço a moderação dos comentários, por isso ao enviar sua mensagem, aguarde pela aprovação. Comentários ANÔNIMOS ou com links NÃO serão publicados. Lembre-se de assinar!

Grata

Sonia Salim