“A estética me aborrece, não me
interessa absolutamente! A mais leve intervenção da estética obstrui, em mim, a
eficiência e estraga o tempero. Por isso, procuro afastar de minhas obras tudo
o que possa cheirar a estética. Pessoas de visão curta deduziram que gosto de
pintar objetos feios. Absolutamente! Não me importo que sejam feios ou belos.
Tais palavras não têm significado para mim, e estou convencido que não têm
sentido para ninguém; não creio que essas noções de feiura ou de beleza tenham
o menor fundamento: são ilusões.”
(Jean
Dubuffet 1901 – 1985)
Adorei o comentário do Jean Dubuffet sobre a estética e suas obras e adoraria ver o mundo da mesma forma, mas a minha visão talvez ainda seja curta. Quem sabe ampliá-la seja uma questão de exercício constante? #gostei
ResponderExcluiro que é o tempero de que fala Dubuffet? e isso o aproxima de Baudelaire?
ResponderExcluirOi, querido (a), obrigada pela sua presença conosco no blog "Adornando a Vida". Sabe, as suas perguntas me fizeram navegar um pouco pelo vasto mundo das artes. E como estou gostando!!! Aprendi tantas coisas... Eu vou tentar passar as minhas impressões no que comecei a aprender sobre esses grandes nomes da arte.
ExcluirEsse tempero de que fala, Jean Dubuffet pode representar muito bem o resultado da espontaneidade, sensibilidade e pureza das crianças quando se encantam diante das coisas, o que Charles Baudelaire percebe como expressão criativa concebendo a criança como artista. Eu penso que o tempero de tudo seja uma desconexão com o que o mundo espera do artista resultando em algo inusitado.
Abraços! Sonia Salim