O livro é marcante e
nos causa grande impacto produzindo questionamentos. Eu vou deixar abaixo dois
pequenos trechos interessantes. Não diz da essência do livro, mas impulsiona para
a leitura. Houve um momento na leitura; eu não me recordo das palavras para transcrever
aqui para vocês, mas promoveu em mim um sentimento de libertação das amarras
impostas pela sociedade, uma percepção de que sou livre para decidir a minha
vida independente das normas estabelecidas. E para que serve o livro, senão para sugerir mudanças?
“Na pobreza conserva-se
ainda um pouco da dignidade natural dos nossos sentimentos; na indigência não
se conserva nada. O indigente nem sequer é expulso a pancadas da sociedade
humana; é expulso a vassouradas, o que é muito mais humilhante! E isso é justo:
porque o indigente é sempre o primeiro a aviltar-se.”
“Embora tivesse
quarenta e três anos, a mãe de Raskólnikov conservava vestígios de sua antiga beleza;
parecia ter menos idade, caso que se verifica com frequência nas mulheres que
chegaram à velhice com o coração puro, o frescor das impressões e o espírito
lúcidos. Aliás, façamos uma pausa para dizer que conservar essas coisas é a
única maneira de preservar a beleza até a velhice! Os cabelos começavam a ficar
brancos, pequenas rugas já se formavam nos contornos dos olhos, as atribulações
tinham-lhe cavado as faces; no entanto o seu rosto era ainda formoso.” (Crime e Castigo - Dostoiévski)
Eu amo o Dostoieviski. E esse livro foi o primeiro livro dele que li. Amei e me apaixonei. É maravilhoso, profundo e questionador mesmo! Vale a pena ler
ResponderExcluirBeijos
Adriana
Oi, Adriana, boa noite! Eu quero voltar a ler, junto com o Clube de Leitura Icaraí, o livro, "Memórias do Subsolo", que é dele também. Foi o primeiro que eu li de Dostoiévski. O debate no clube será em novembro. Este é o link para você visitar o blog: http://clubedeleituraicarai.blogspot.com.br/
ExcluirSempre grata. Beijos!
Sonia Salim