31/01/2013

Flor Resistente





Descobri num canto do mato
Uma flor muito resistente
Castigada por intempéries
Mas forte e sobrevivente

O sol é quente e resseca
O vento desloca em balanço
Mas sempre chega a noite
Que se recupera em descanso

E conversando com os vaga-lumes
Faz-se importante nos campos
Todas as mariposas a sobrevoam
Seguidas pelos pirilampos

E aos primeiros raios de sol
Ela está lá, forte para viver
Reagindo ao ciclo destruidor
Que os dias trazem pra valer

E novamente chega a calma noite
Que trás o luar brilho de prata
E de volta os insetos pra conversar
Em zumbidos ritmados como sonata

E assim vai resistindo a flor
No canto do mato em que ela é
A única que reage com o luar
Fincada na margem do Muriaé...


                               Alexandre Taissum



2 comentários :

  1. Muito grata, Alexandre Taissum, pela gentileza de nos presentear com mais um lindo poema.

    Somos um pouco dessa "Flor Resistente" na margem de algum rio...

    Parabéns, poeta! Estamos ansiosos aguardando o lançamento de seu primeiro livro.

    Grande abraço!

    Sonia Salim

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    Respostas

    1. Madrinha Sonia...
      Você sabe quem está fincada as margens do Rio MURIAÉ e me inspirou pela resistência aos dias e que ganha forças para viver durante as noites?
      Você imagina quem seja esta FLOR que, conversando em ZUMBIDOS e em forma de SONATA, faz-se presente com suas PÉTALAS para ADORNAR as vidas dos admiradores que estão virtualmente nas duas margens prestando grandes admirações?
      Você tem consciência de que esta FLOR que está FINCADA nas margens do Rio MURIAÉ também está FINCADA nos corações de 326 amigos que seguem o “ADORNADO A VIDA”?
      Se você não sabe, não imagina e nem tem essa consciência apurada, então presta mais a sua atenção que você saberá minha querida, MADRINHA SONIA.

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Grata

Sonia Salim