O professor e a moral

O homem já nasce cercado de normas, valores e um emaranhado de leis que vem direcionar o seu comportamento em toda a sua existência. A essência moral já se faz presente no mundo antes mesmo da criação do homem, na certeza que existe um Deus Criador e Soberano, que projetou o universo, dinamizou todo o sistema, estabeleceu leis para a natureza de maneira que tudo isso venha a ser usufruído harmoniosamente pela humanidade. Em função do indivíduo é que o mundo foi criado, sendo assim, a responsabilidade do homem na preservação da própria espécie está ligada a sua habilidade de cuidar bem de si mesmo, do seu semelhante e da natureza que provê o necessário para a sua sobrevivência. Isso é o que agora estamos chamando de desenvolvimento sustentável, seria o mesmo que continuar avançando em ciência e tecnologia, criando condições favoráveis para que os danos causados ao meio ambiente sejam em menor intensidade do que o processo que a própria natureza consegue elaborar para compensar esses danos.
É nesse sentido que a ética se posiciona no cenário moral do comportamento humano, analisando a forma ideal, distinguindo o jeito de proceder e agir das pessoas.
O professor precisa estar constantemente atento ao seu próprio comportamento na sociedade para que isso venha a refletir positivamente naqueles que estarão observando, não só a sua bagagem intelectual, mas a sua postura ética e moral. Precisa ter consciência de que ajudará a formar a personalidade do aluno, porque a família está a cada dia cedendo espaço para a tal modernidade deixando de exercer influência e autoridade sobre os filhos. Isso vem refletir no trabalho do professor e sobrecarregar a sua responsabilidade quanto à consciência a respeito dos valores em tempos modernos.
O professor é, portanto, um inquietador da consciência do aluno, alguém que vai influenciar concretamente a sua personalidade, sugestionando e abalando seus conceitos, para serem selecionados eticamente, de maneira a formar um cidadão respeitável.

Sonia Mª Salim