01/12/2022

Joelcio Ribeiro - Livros



SOPRO NA BRASA
 
O Sopro na brasa nasceu do desassossego do cronista e poeta Joelcio Ribeiro que imaginava ficar somente no primeiro livro e como observamos, não conseguiu. As folhas em branco clamavam pelas letras e sem perceber estavam repletas de palavras, significados e encantos; naturalmente surgiu o segundo livro.
 
Do calor da brasa ao frescor dos riachos na natureza, a poesia abre em flores para atenuar o sofrimento nas guerras que dilaceram vidas pelo amor ao poder.
 
A alegria, o canto, o pandeiro e a viola abrem espaço e faz um minuto de silêncio para refletirmos que todos são feitos do mesmo pó da terra que abriga os nossos antepassados e que o homem passa pela vida deixando marcas importantes.
 
Dá para sentir a vibração da música através dos sons dos instrumentos musicais, do “marulhar das ondas”, do sopro da brisa e o pulsar do coração. As fotos que compõem o livro falam ao nosso coração.
 
A contagem do tempo, o nascimento, a poesia e muitas outras abordagens refletem na harmonia dos textos a partir dos signos, das fórmulas e das palavras na composição do livro.
 
 
Só por isso!
 
Veio como se viesse
no marulhar das ondas,
impregnando-se da brisa
suave da praia
(...)
 
pág. 34

.......................




Croniquinhas e outras bagatelas
 
Da matemática para a literatura - a caminhada do cronista Joelcio Ribeiro nos chama à curiosidade de saber como aconteceu esta trajetória. Ele conta neste livro a sua infância e a evolução na leitura e escrita; o contato com os livros que estavam disponíveis e que depois de longos anos trabalhando nas ciências exatas veio naturalmente a paixão pela poesia no desenvolvimento cotidiano.

Inicia o livro nos encaminhando ao conhecimento e mostrando que uma vida inteira não basta para aprendermos e deixarmos um legado, sempre vai ficar vias abertas para algum desejo a realizar.

Eu penso que o Joelcio tenha sido tomado pelo encantamento da poesia enquanto caminhava, admirava os acontecimentos e ia observando as pessoas. Seus poemas são suaves como a viscosidade do mel. Valendo-se da observação da natureza, ele nos ensina sobre a vida, os sabores, o amor, a amizade, o canto dos pássaros e faz muitas analogias para facilitar o entendimento.

Autocárcere

Foi assim
Condenei-me sem delito
Impus-me ao cárcere sem provas
Trancafiei-me em mim mesmo
Quebrei a chave por dentro
Perpetuei-me na cela
Até o fim
 
Pág. 71

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Faço a moderação dos comentários, por isso ao enviar sua mensagem, aguarde pela aprovação. Comentários ANÔNIMOS ou com links NÃO serão publicados. Lembre-se de assinar!

Grata

Sonia Salim