02/02/2013

Espera angustiante





    Hugo Feijó Fº

Onde te escondes que não consigo te encontrar?
Somente o destino poderá interferir sobre o amor 
Esperar é angustiante, não dá mais para aguentar 
Deixa minha vida sem sentido, vai perdendo a cor

E além disso, não basta a dor que estou sentindo?
Por mais que eu corra atrás, o futuro está traçado
É tudo verdade, não há razão para estar mentindo
Tampouco vou desistir, terminar como fracassado

Se tudo está marcado, não vou cair no desespero
Quis a vida escolher o melhor para o meu coração
E no momento certo, entrego-me de corpo inteiro 
Só não me deixe aguardando tanto tempo em vão

Não depende mais de mim tentar mudar o destino
E sofrer antes da hora só me fará perder a cabeça
De nada vai adiantar me descabelar e perder o tino
Tudo nesta vida tem hora exata para que aconteça

Minha arma é o amor e sempre estará engatilhada
Não há outra coisa a fazer, só preciso me entregar 
Se o coração disparar, é sinal para baixar a guarda
Libertará duas almas sedentas por ser feliz e amar 




4 comentários :

  1. Neste belo poema a espera se faz. Terna e angustiante, se faz plena, quase um absurdo, mas o amor é feito de absurdos...Querido Hugo, retratas com ternura o que em nós tanto dói.

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  2. "Minha arma é o amor e sempre estará engatilhada". Linda frase! Quem dera o mundo inteiro agisse assim e em todos os sentidos! Se o amor liberta, grande parte da humanidade ainda está presa em seu próprio egoísmo de tudo querer e nada dividir.

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  3. Esse poema me lembrou Mde Bovary, angustiada pelo desejo, pelo encontro do amor. Essa espera, ainda que sofrida, é gostosa, nos move. Que o dia chegue logo, Hugo.

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    1. Eu sempre digo, Rita, que o Hugo Feijó é o "poeta do amor" porque os seus poemas sempre nos remetem a esse grande desejo do coração. Grata. Abraços!

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Sonia Salim