17/07/2015

Rio Muriaé


Rio Muriaé - 17/07/15  - Itaperuna -  RJ










2 comentários :

  1. Quase meia década depois desta postagem, temo que o Rio Muriaé não tenha mudado em nada diante da ótica positiva que ilumina os olhos dos esperançosos. Aliás, todos os rios que recebem em suas margens o crescimento desordenado de pequenas ou grandes cidades, sofrem igualmente com a poluição causada por todo tipo de descartes sanitários e industriais, assoreamentos e alterações produzidas por aterros irregulares ou desflorestamentos irresponsáveis das suas margens.
    Conheço alguns trechos da maioria dos rios do meu Estado do Rio de Janeiro e, com satisfação, grande parte do traçado do Rio Muriaé, desde a cidade mineira que ofereceu o seu nome até sua foz, em Campos dos Goytacazes.
    Há exato meio século passado, quando ainda era uma criança, cruzei pela primeira vez sobre uma ponte que ligava as margens do Rio em questão e, após 30 anos, tive o prazer de repetir o feito numa sequência incontável de vezes. O mesmo prazer me seguiu ao trafegar paralelamente por bastante dos quase trezentos quilômetros de sua extensão total.
    O Rio Muriaé e algumas das suas cidades ribeirinhas embalam muito das minhas lembranças e oportunamente colorem alguns dos meus sonhos. Como disse antes, conheço alguns rios e lugares, mas nenhum deles me encanta tanto quanto este rio e a vasta região que cerca seu leito, nenhum deles consegue emoldurar com tanta emoção e clareza o que minha velha mente ainda consegue recordar.
    Mas a vida é assim mesmo, passa como as águas dos rios. Ironicamente, porém, sabiamente, o dito popular sempre nos preveniu quanto a isto: “Águas passadas não movem moinhos”...
    Se eu soubesse escrever o mínimo compreensível, certamente não perderia a oportunidade de transportar para um livro todas as minhas boas impressões de cada lugar que pude visitar no passado. Certamente seria um livro voltado para a história, pois os lugares se modificam com muita rapidez e somente os mais antigos poderiam certificar os exageros dos meus encantos.
    Mas voltando ao assunto inicial: Infelizmente, qualquer evento social que tente chamar a atenção para que haja uma necessária reversão desta degradante realidade é meramente ilustrativa, pois nada é feito de concreto para salvar a vida dos rios e a vida dos quais eles oferecem suas biodiversidades nativas. Efetivamente, nada é feito além de paliativos politiqueiros de ocasião.
    Tomara um dia a conscientização preventiva se torne um vírus e infecte as mentes dos que têm o poder de mudanças efetivas em favor da humanidade.
    Desculpe-me pelo texto carregado de desabafos e críticas ao “ser” que muito depende, porém, conscientemente, muito destrói a natureza e seus vitais benefícios.
    Penso que tenha conseguido mostrar neste texto, além da minha insatisfação com muitos dos seres pensantes que se dizem inteligentes ao detrimento de outros, a sutileza em expor minhas doces lembranças da agradabilíssima região que abraça o Rio Muriaé, tão importante para tanta gente, como ainda tem sido importante e bastante presente nas minhas longínquas recordações...

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    1. Uma pena que o seu maravilhoso texto tenha fica no anonimato, pois eu adoraria saber a autoria. Mas, em todo caso, quando você publicar o seu livro, deixe reservado um exemplar para mim, ou melhor, publique de forma que possamos adquirir no modelo kindle, mais rápido para chegar até nós. Obrigada por preservar a história de nosso rio no coração e na mente. Quanto às mudanças e preservação no âmbito do poder público, não sabemos como isso poderá acontecer. Na verdade todos nós somos responsáveis pelo meio ambiente. Agora, estamos sofrendo com as queimadas, outra coisa que não entendemos como podem acontecer todos os anos na mesma época. Será mesmo inevitável? Tenho minhas dúvidas.
      Muito grata por abrilhantar a nossa postagem.
      Grande abraço! Sonia Salim

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Sonia Salim