16/02/2013

Do Meu Jeito




     Hugo Feijó Fº

Às vezes sinto vontade de apagar o passado
Ficar com alguém legal e na maior intimidade
Expor toda uma vida deixando de ficar calado
Sentir hoje aquela imensa e gostosa saudade

Fazer tudo que der na telha, sem ter castigo
Amar alguém intensamente, de corpo e alma
Poder sonhar tranquilo, sem ser interrompido
Roubar a cena com estilo sem perder a calma

Ficar sem fazer nada apenas 
à mercê da vida
Sair a caminhar sem rumo na chuva de verão
Pegar qualquer jornal velho e ler notícia antiga 
Andar fora de moda sem pensar no que dirão

Ligar para um amor antigo sussurrando a voz
Abrir o coração de vez, sem medo de ser feliz
Ter uma vida social e momento de ficar a sós
Entender que na vida sou apenas um aprendiz

Encontrar uma maneira de estagnar o tempo
Querer até parar o mundo para poder descer
Começar a andar sem destino contra o vento
Voltar a esperar para ver o que vai acontecer 

Correr feito criança pelos campos verdejantes 
Sonhar acordado, porém com os pés no chão
Cair na farra zoando de tudo por uns instantes
Comer sem etiqueta, nem pensar em ser vilão




3 comentários :

  1. Poema lindo!O que te impede de ser assim? Seja!! Faça tudo "Do teu jeito" e deixe que "essa vontade" se transforme em realidade! Tudo que li no poema, é passível, exequível... e nada "nas tuas vontades" que possa magoar pessoas, ferir leis e liberdades pessoais... "mete ficha", amigo!! Te desejo uma vida DO TEU JEITO! Beijos, Hugo!

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  2. Adorei, Hugo! É uma ode à libertação. Que se rompam os grilhões da monotonia e da rotina robótica! "Caminhando contra o vento, cabelo ao vento, gente jovem reunida..." "Voyage, voyage, sur loin que la nuit et le jour..."

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  3. Outro belo poema! Se a gente se importar com o que os outros vão dizer, a gente não faz nada! Poder fazer as coisas do nosso jeito é ser livre, e liberdade é a coisa mais importante desse mundo ! :D

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Grata

Sonia Salim