19/07/2012

Dor cruel



Os meus pensamentos estão dispersos
E sempre vem à mente a sua dor
A dúvida permanece entre os versos
Será que são lembranças de amor?

Eu sigo refletindo sem meta
Será que eu devo questionar?
Mas a opção pela forma discreta
Ensina-me constantemente a calar

E assim a sua dor continua
Oprimindo, lesando, conturbando
Porque falando ela ficaria nua
E a cura estaria possibilitando

Mas no seu coração ela permanece
Sem tempo e vontade de ir embora
Porque os registros a gente não esquece
A menos que expulse a dor agora

Autora: Sonia Salim

29/06/12      12:50h

*Imagem de internet

10 comentários :

  1. Sônia,
    lindas palavras. Amei seu poema!
    Beijos
    Adriana

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    1. Obrigada, Adriana, pela presença constante aqui no Blog Adornando a Vida. 'Dor cruel' e 'Meu Amado', são poemas feitos dentro de um ônibus, depois dei uns retoques mudei algumas palavras e trouxe para apreciação dos leitores.
      Fico feliz que tenha gostado.

      Beijos!

      Sonia Salim

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  2. Lindo poema!

    Cruel essa dor,
    Mas por valia,
    A cura está no amor...
    No poema: "Será que eu devo questionar?"
    Acho que deve questionar,
    Do contrário, como saberá?

    Parabéns, querida Sonia!

    Beijos.

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    1. Oi, Sheila, obrigada pela apreciação do poema, 'Dor cruel', que são questionamentos internos acerca dos sentimentos alheios. Eu penso que a dor é um sentimento tão particular que não ouso tocar no assunto, só se a pessoa quiser falar, aí sim, eu escuto e silencio, e se for o caso, encorajo com mínimas palavras. Acho que as dores de amor passam, nós é que fazemos cavalos de batalhas com elas.
      O que pensa?

      Beijos!

      Sonia Salim

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  3. Como um contador de histórias e estórias, acho que poderia descrever amores como esse...
    Parabéns, Madrinha Sonia! Mais um excelente poema que nos faz parar na esquina de cada estrofe para pensar (recordar).
    Um beijão!

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    1. Ah, poeta... É difícil penetrar no coração alheio e tirar a dor de lá. Cada pessoa tem o seu tempo certo de livrar-se dos problemas internos. Ela própria deve se ajudar, talvez os amigos possam usar palavras de ânimo, mas acho difícil porque cada pessoa tem as suas vivências. Enfim, há tempo determinado para tudo, até para o término das dores de amor.

      Grata pela presença.

      Abraços!

      Sonia Salim

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  4. Olá, Sonia! Como sempre brilhando nos poemas! Gostei muito! Fico pensando na aflição da poeta de querer saber o que se passa no coração daquele que se recolhe e não quer falar. Há, entretanto, pessoas que sofrem por causa do próprio temperamento. Elas ficam brigando consigo mesmas e com o mundo o tempo todo. Realize todos os desejos delas e elas ainda continuarão assim. Parabéns pelo poema!

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    1. Obrigada, Cristina, por deixar sempre o perfume suave de sua presença aqui. Sim, há pessoas assim do jeito que você disse, mas existem outras que são extremamente sensíveis e fáceis de serem feridas e guardam para si as dores sem que possamos fazer nada por elas. São pessoas extremamente fechadas que não têm facilidade de expressar os próprios sentimentos. E sofrem, às vezes, sem necessidade, pois uma palavra poderia libertá-las para sempre. Mas não podemos fazer nada a não ser respeitar o momento de dor. E esperar passar... Porque sabemos que um dia tudo passa, é só questão de tempo.

      Beijos, poeta!

      Sonia Salim

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  5. Olá linda Princesa e excelente poetisa.
    Obrigada por presentear-me com + um belo poema. Sempre levando-me a refletir em minhas madrugadas.
    Hoje é dia do amigo. Um carinho todo especial para você linda poetisa.
    Feliz dia do amigo!!!
    BeiJaness em seu coração.
    Jane Di Lello.

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    1. Oi, Jane Di Lello, minha amiga! Muito grata pelos comentários nas madrugadas. Eu também gosto de fazer essas surpresas aos amigos, não aviso nada, vou em silêncio e deixo mimos. Quando eles acordam lá estão os diversos comentários a espera da grande alegria do coração. E aprendemos muito com as palavras escritas nos diversos blogs.
      Muito grata. Feliz dia!

      Beijos!

      Sonia Salim

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Grata

Sonia Salim