Pr.
missionário Sebastião Augusto, recebendo do Pr. Jorge Luiz, recente homenagem
da Quarta Igreja Batista em Búzios-RJ.
O nosso entrevistado de hoje é o Pr.
Sebastião Augusto da Silva, oitenta anos, casado com Lia Márcia, tem três
filhos e sete netos. É formado em Teologia pela Faculdade Teológica de Brasília-DF,
e também em Matemática e Desenho pela Faculdade de Filosofia de Itaperuna-RJ, além
disso, é aposentado da direção geral do Banco do Brasil e da Segunda Igreja
Batista de Búzios-RJ.
Há vinte e cinco anos, após uma viagem
missionária a Moçambique, continente africano, com resultados positivos em
termos de conversões de almas (foram 268 decisões por Cristo Jesus), ele foi
acometido por duas espécies de malária, Plasmodiumvivax
e P. falciparum, transmitidas pelos mosquitos
Anopheles.
Relato: desembarquei no dia 06 de
outubro de 1996 no Aeroporto Internacional do RJ, (Galeão) hoje, Antônio Carlos
Jobim, com muita alegria no coração, por mais uma etapa cumprida em meu
ministério. Na semana seguinte, compartilhei no Rio, com a primeira Igreja
Batista da Ilha do Governador, da qual eu era o seu pastor, minhas experiências
missionárias em Moçambique. Após a reunião, fui para casa e ainda naquela
noite, entrei num processo intenso de febre, dores de cabeça e diarreia.
Consultei a um médico, que imediatamente me internou numa casa de Saúde em
Niterói, que, após exames, fui diagnosticado com uma malária branda denominada
“Vivax”. Após três dias, tive alta. Mas, dois dias depois, os sintomas voltaram,
de uma forma mais intensa. Meu estado físico ficou tão debilitado que desmaiei
no elevador do prédio onde eu residia. Levaram-me para o Hospital Universitário
Antônio Pedro, também em Niterói, e lá permaneci por dez dias. Fui
diagnosticado com uma malária bem mais agressiva, P. falciparum. Minha esposa, companheira inseparável, passava
comigo o tempo todo desconfortavelmente no quarto. Numa quarta-feira, sugeri
que ela dormisse em casa para descansar. Ela se recusou, porém, diante da minha
insistência, acabou aceitando. Naquela madrugada, iniciou-se um processo tão
forte de elevação da pressão arterial e da frequência cardíaca, que minhas mãos
levantavam-se com o palpitar do coração. Sem a minha esposa por perto, sem
poder gritar, num horário de silêncio total e sabendo que aquela crise era muito
grave, entrei em desespero. Jamais havia passado por uma situação tão
angustiante. Quando todas as possibilidades materiais falham e tudo se torna
impossível, nós, os crentes em Jesus, temos o Deus do impossível para recorrer.
Foi o que fiz. Minha oração com os punhos cerrados e levantados foi esta:
“Senhor Todo Poderoso, não sei se esta é a minha hora de partida, se for estou
preparado, porém, se não for, cura-me deste mal, liberta-me deste momento
angustiante, em nome e pelo amor do Senhor, Jesus, amém”. Após a oração, senti
uma grande paz inundar meu coração e uma inabalável confiança de que Deus
estava atuando em minha vida. A taquicardia começou a ceder, mas, passei a
delirar. Rostos e animais, principalmente da África, formavam-se em minha
mente, e passavam como num filme diante de mim. Vi coisas feias e belas nesses
momentos. Lembro-me que vi uma planície maravilhosa, onde as árvores, em vez de
folhas, tinham bolinhas verdes, de uma beleza indescritível. Cheguei a pensar:
“estou chegando na Glória de Deus”, mas tudo não passava de “delírio extremo”.
A seguir, abri os olhos e notei que o meu pijama estava ensopado de suor e que
eu já conseguia levantar o braço e puxar a campainha, o que fiz imediatamente.
Quando me viu, o enfermeiro ficou muito espantado e perguntou-me se eu tinha
urinado. A resposta foi não. Ele pediu-me para aguardá-lo, que voltaria já.
Nesse momento, verifiquei que minhas unhas, das mãos e dos pés estavam roxas.
Assim que chegou a equipe médica, eu disse-lhes:“fiquem tranquilos, pois já
estou bem, o pior já passou”. O enfermeiro chegou em seguida com o soro e o
quinino, que estavam sendo aplicados em minha veia. Eu disse para o enfermeiro: “Deus já escutou a minha oração e eu não vou
tomar este remédio”. O enfermeiro respondeu: “O médico receitou e eu sou
obrigado a aplicá-lo em você”. “Ninguém vai me obrigar a tomá-lo”,
respondi-lhe. Nessa hora, retrucou o enfermeiro, “você terá que falar com o
médico plantonista”. Ao chegar, o médico plantonista insistiu para que eu
tomasse o remédio, pois nele estava a solução para aquele tipo mortal de
malária. Eu disse então para o médico: “Assino um termo de responsabilidade,
mas não tomo este remédio, porque Deus já me curou!” O médico deixou-me e eu
dormi das 05h30min. até às 07h30min. Quando acordei, estava sem voz. Logo em
seguida, a médica chefe entrou no quarto e queria saber porquê eu deixara de
tomar o remédio quinino. Eu não conseguia falar e ela continuava me
perguntando. Ela queria saber se alguém me maltratou. Eu apenas olhava para ela
e nada conseguia dizer. Em seguida, chegou o médico geral do hospital, a
enfermeira chefe e um representante da SUCAM, tentaram me convencer a tomar o
quinino, mas eu mantive-me irredutível, em razão da convicção da cura operada
por Deus! É importante esclarecer que a teimosia não faz parte da minha
natureza pessoal. Sou uma pessoa disciplinada e aceito as ponderações. Na tarde
daquela quinta-feira, minha pressão arterial subiu novamente, chegando a 180x130mmHg.
Foi preciso colocar um remédio debaixo da minha língua, cujo efeito fez-me
ficar indiferente a tudo e a todos que estivessem ao meu redor. A equipe médica
pensou que eu estivesse tendo uma encefalite. Por isso, chamaram a minha esposa
e lhe relataram o fato, dizendo, inclusive, que não sabiam se eu voltaria ao
normal.
No dia seguinte, acordei sem dor de
cabeça, febre e a urina com a coloração normal. Eu estava fraco, com menos oito
quilos e a contagem de hemácias muito baixa. À tarde, recebi a visita do médico
geral do hospital, que me informou: “Sebastião, tenho que me render a você”. A
princípio, pensei em lhe dar um calmante e aplicar-lhe o quinino, porém,
pensamos que você havia entrado num quadro de encefalite. Por isso, aguardamos,
e como o seu quadro melhorou, constatamos que o quinino estava te intoxicando. “Se
nós tivéssemos aplicado mais aquela dose, você poderia ter morrido.”
Dou Graças a Deus porque o nosso Pai é o Deus
do impossível, e a sua cura atingiu a minha própria vida. Portanto, estou
consciente de que o meu Deus é Deus presente, e o seu Poder é incalculável. A
Ele todo o Louvor, Glória
e Honra, amém.
Obs.: Todo relato é individual e particular. Contate o seu médico nos cuidados de sua saúde.
..................................................................................................................................................
Nossos agradecimentos ao jornalista Luiz Francisco Filho pela excelente entrevista com o Pr. Sebastião Augusto que sugeriu vários ensinamentos sobre comportamento humano, relação pessoal com Deus, evidências médicas e respeito à vontade do paciente. Eu tenho certeza que neste fato ocorrido há tantos anos ainda vai comunicar de forma diferente a cada leitor que passar pelo blog e tiver acesso ao depoimento.
ResponderExcluirAbraços!
Sonia Salim
👏🏻👏🏻👏🏻
ExcluirFábio, agradecemos a sua visita prestigiando o post desta entrevista que veio nos ensinar muitas lições agregando valor à vida de cada leitor.
ExcluirAbraços!
Sonia Salim
Muito grata ao Pr. Sebastião Augusto pela disponibilidade de nos contar a sua história de vida, o que resultará em força para nossos leitores, principalmente agora no caso da Covid-19 que tem sido muito difícil no mundo todo.
ResponderExcluirAtenciosamente,
Sonia Salim
Parabéns pela reportagem meu amigo,vc sempre trazendo coisa Boa com qualidade pros telespetadores de nossa regiâo,admiro muito irmão
ResponderExcluirQue relato maravilhoso! Nos traz a memória que não estamos sós nos momentos difíceis de nossa vida.Nosso Deus não dormita; está sempre atento a necessidades dos seus filhos!
ResponderExcluirParabéns Luiz Francisco, pela reportagem.
Obrigada, Graça Moura
O pastor Sebastião é um pastor de uma longa bagagem de vida compromissada com Deus. Qualquer comentário sobre sua idoneidade não passa de mera verdade.
ResponderExcluirQue testemunho lindo meu amado pastor, tenho orgulho de ter sido ovelha de um homem tão honrado e íntegro que és,que o senhor Jesus Cristo continue a te abençoar saudades
ResponderExcluirParabéns! Importante entrevista.
ResponderExcluirPedro Gouvea
Parabéns pela entrevista, um belo testemunho. Abs
ResponderExcluirAgradecemos a presença de cada um que visitou a postagem para ler a entrevista feita pelo Jornalista Luiz Francisco Filho com o Pr. Sebastião Augusto e também a todos os que deixaram mensagem.
ResponderExcluirGrata pelo carinho,
Sonia Salim